Sem possibilidade de fazer grandes comentários sobre os temas que têm agitado Bissau nos últimos dias deixo dois artigos publicados recentemente e que podem ajudar a perceber melhor onde está o Wally.
As contradições, falsas verdades e versões mal contadas são o prato do dia. Participar em reuniões e encontros com todos os intervenientes da História e assistir na primeira fila ao desenrolar destes acontecimentos tem algo de assustador e contagiante.
O texto da Lusa diz: “O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, General Tagmé Na Waié, acusou elementos de uma milícia da segurança presidencial de o tentarem assassinar Domingo a noite quando circulava nas imediações da Presidência da República.
Em comunicado, (...) o CEMGFA guineense refere que no dia 04 de Janeiro, por volta da meia-noite, foi "alvo de disparos a rajada por parte dos ditos Milícias Anguentas, mobilizados e armados pelo Ministro da Administração Interna, engenheiro Cipriano Cassamá". O comunicado lembra que os "Anguentas" (milícias que apoiaram o Presidente João Bernardo 'Nino' Vieira na guerra civil de 1998/99 contra a Junta Militar) foram recrutados e armados "à margem dos procedimentos legais", pelo que "não são militares e nem paramilitares e consequentemente não são consignados a qualquer estrutura do Estado". Por isso, Tagmé Na Waié afirmou ter dado ordens para que os "Anguentas", cerca de 400 homens afectos ao Batalhão da Presidência da República e num aquartelamento próprio fora do controlo dos Estado-Maior das Forças Armadas, fossem desarmados e devolvidos à sua respectiva comunidade.
Fonte do Estado-Maior disse à Lusa que o desarmamento dos "Anguentas" (expressão em crioulo para "aguenta") ocorreu segunda-feira à noite, sem que tenha havido qualquer resistência. No mesmo comunicado, o CEMGFA responsabilizou o ministro da Administração Interna (do governo cessante), Cipriano Cassamá, pelas consequências que poderão advir da nomeação dos elementos da milícia para a guarda presidencial.
Contactado pela Lusa, o assessor de imprensa do Presidente guineense afirmou que o chefe de Estado não pretende reagir sobre este caso por ser um "assunto que deve ser tratado com o Ministério da Administração Interna".
O Expresso complementa e escreve: “Entretanto, um dos elementos acusados de envolvimento na alegada tentativa de assassínio, pronunciou-se sobre o caso, numa conferência de imprensa realizada hoje na sede da polícia, em Bissau, cuja organização permanece incógnita. Segundo o alferes Albino Bogró, do Batalhão da Presidência da República, o incidente resultou de "um disparo acidental da arma de um soldado que estava no posto de vigia", no momento em que o CEMGFA estava a passar na rua da Presidência da República. "Tudo não passou de um acidente. A arma de um soldado da guarda presidencial disparou acidentalmente quando estava a passar o Chefe do Estado-Maior. Foi só isso e mais nada", afirmou. O alferes Albino Bogró acrescentou que os quatro elementos detidos na sequência do "disparo acidental da arma de um soldado" já foram postos em liberdade, encontrando-se nos respectivos postos de serviço. Embora a conferência de imprensa tenha decorrido num posto policial, nenhum responsável da Polícia de Ordem Pública nem o ministro da Administração Interna falaram sobre o alegado crime."
http://www.jornaldigital.com/noticias.php?noticia=17225
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/490074
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/db2a9d3076f895cac47a07.html
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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