Bafatá é uma cidade admiravelmente tranquila, caracterizada por uma predominância de edifícios e casas coloniais mas que infelizmente se encontram num estado avançado de degradação. Fica numa colina do interior do país na margem do Rio Geba, a 150 km a nordeste de Bissau. Ainda hoje é considerada por alguns a segunda maior cidade da Guiné-Bissau com mais de 100.000 habitantes (estes dados nunca são de fiar uma vez que o último recenseamento da população teve lugar há 17 anos).
Aproveitando as visitas familiares (as primeiras em 9 meses…) fomos até lá. Com facilidade podemos imaginar como seria a Bafatá portuguesa. A estrutura e traça típica estão muito presentes na parte baixa da cidade. Abstraindo-nos da cidade fantasma actual e da poeira envolvente podemos voltar atrás no tempo sem dificuldade e sentir ainda a grande influência dos colonizadores.
Conseguem-se também encontrar alguns raros portugueses que depois de viverem as guerras se deixaram ficar por Bafatá e que ainda hoje têm esperança de que a cidade volte a ter força e dinâmica do passado. Vale a pena visitar o Mercado Central e principalmente a sua fachada em estilo arabesco bem como passear nas ruas e jardins que terminam no rio. Conhecer as antigas piscinas também faz parte. A visita não fica completa sem uma passagem pelo restaurante Ponto de Encontro ou pela casa Marco.
Bafatá é também a cidade natal do herói nacional, Amílcar Cabral, e esse facto está assinalado num monumento com o seu busto perto do mercado. Infelizmente a casa onde supostamente nasceu está actualmente deixada ao abandono.
Há campanhas para recuperar a cidade e voltar a dar-lhe o encanto e as cores vivas do antigamente. Parece tão fácil mudar tudo e afinal tão pouco está feito.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
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1 comentário:
Almoçei tantas vezes em Bafatá, nos idos de 1972 e 1973!
Abraço
Joaquim Mexia Alves
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