Sem grande possibilidade de comentários fica a descrição do jornal Público dos últimos acontecimentos:
Prosseguem os casos de violência.
Antigo primeiro-ministro guineense foi agredido e um advogado torturado.
"O antigo primeiro-ministro guineense Francisco José Fadul, actual presidente do Tribunal de Contas, foi hoje violentamente agredido, tal como a mulher, e encontra-se hospitalizado. Isto um dia depois de um dos mais destacados advogados do país, Pedro Infanda, ter sido torturado.
A Amnistia Internacional (AI) acusou elementos das poderosas Forças Armadas, dominadas pela etnia balanta, de terem espancado o investigador e professor universitário Fadul, que na segunda-feira dera uma conferência de imprensa a incitar o Governo de Carlos Gomes Júnior a responsabilizar os militares por casos de corrupção e outros crimes.
Nessa conferência, o primeiro-ministro, líder do PAIGC, fora criticado e acusado de se estar a servir dos militares para se consolidar no poder, colocando até figuras suas amigas em postos fundamentais do Estado.
Os homens que hoje de madrugada entraram em casa do ex-primeiro-ministro, de onde levaram "ouro, um computador e telemóveis", segundo disse ao PÚBLICO fonte guineense, avisaram-no de que "andava a falar de mais".
Precisamente por os militares não terem gostado de ouvir algumas das palavras do presidente do Tribunal de Contas é que ele agora se encontra nos cuidados intensivos do Hospital Central Simão Mendes, em Bissau, o mesmo estabelecimento onde também está Infanda, detido arbitrariamente por alguns soldados, na semana passada, e depois espancado durante quatro dias, conforme relato da AI. O director do hospital, Agostinho Semedo, explicou à AFP que a vida de Fadul não corre perigo, mas que sofreu diversos hematomas na cabeça e no tórax.
Infanda, advogado de um antigo chefe do Estado-Maior da Armada, José Américo Bubo Natchuto, actualmente refugiado na Gâmbia, dera uma conferência de imprensa em nome do seu constituinte e considerara irregular a recente designação do capitão-de-mar-e-guerra José Zamora Induta, como novo chefe do Estado-Maior General."
Os militares guineenses estão a recorrer a medidas extremas contra qualquer oposição ou crítica, instigando o medo em qualquer pessoa que considere expressar livremente os seus pontos de vista quanto ao que eles fazem", comentou num comunicado o director do programa africano da AI.”
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http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1372094&idCanal=11
Cenas dos próximos capitulos?
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