Mais uma vez surgiram nos jornais notícias sobre o alegado envio de crianças para o Senegal com o objectivo de estudarem o Corão. Este é um tema que tem despertado a atenção de algumas organizações não governamentais mas que até agora tem sido bastante negligenciada internacionalmente. Por outro lado o combate que a Polícia guineense pode fazer a este tipo de crime é muito limitado face aos escassos recursos que possui.
A semana passada mais um grupo de crianças foi interceptado junto à fronteira (Contubel). Segundo a comunicação social as autoridades guineenses impediram mais oito crianças, com idades compreendidas entre os cinco e 14 anos, de saírem do país com destino a Dar-es-Salam, Senegal, para onde iriam alegadamente estudar o Corão. As crianças tinham como destino um campo de algodão senegalês onde iriam trabalhar para aprender os estudos corânicos. Em Novembro do ano passado, foram igualmente impedidos cruzar a fronteira para o Senegal um grupo de mais de 70 crianças e foram detidos seis alegados mestres corânicos.
“O fenómeno dos talibés (crianças que estudam o Corão) em África tem sido associado a uma nova forma de escravatura. O ensino dos estudos corânicos tem sido utilizado por falsos mestres para seduzir centenas de pais a enviar as suas crianças para o Senegal, no caso da Guiné-Bissau, com o objectivo de aprenderem a ler o Corão. Estes mestres obrigam, contudo, as crianças a mendigar nas ruas dinheiro e comida para seu próprio proveito.”
http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=21217&catogory=Guiné%20Bissau
segunda-feira, 23 de junho de 2008
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