Após alguns dias de reuniões em Bruxelas, da participação no EU Open Days e de uma muito breve passagem por Lisboa, estou de regresso a Bissau. As viagens explicam também a ausência momentânea de novos escritos mas hoje e depois de um longo telefonema nocturno que pode abrir algumas portas (obrigado A.) volto a comunicar.
Deixo os festejos da última vitória da selecção para mais tarde, até porque ainda não ganhámos nada e, tal como prometido, comento antes o tema da gasolina. Curiosamente ou não as três capitais que referi anteriormente sofrem de um problema em comum: a escassez de combustível. Convém, no entanto, ressaltar que na última delas esta falta é já bastante frequente e muitos já se habituaram a viver sem depender deste recurso, porém talvez agora a falta seja ainda mais acentuada.
Cheguei e vi filas intermináveis de automóveis e carrinhas esperando pela sua vez de abastecer, postos de gasolina sem nada para vender, estradas meio vazias e o trânsito a fluir como nunca visto. As consequências desta situação não ficam por aqui.
Deixo um artigo de dia 9 de Junho para ilustrar:
“Os postos de abastecimento de combustíveis em Bissau, Guiné-Bissau, estão encerrados e não está a ser vendido gasóleo, o que pode levar à paralisação de vários sectores no país caso a situação não seja resolvida nos próximos dias.
Segundo uma fonte do gabinete do primeiro-ministro guineense, Martinho N'Dafa Cabi, a falta de gasóleo deve-se a uma ruptura de stock do carburante, que alimenta mais de 80 por cento do parque automóvel do país, bem como geradores de estabelecimentos comerciais, unidades hoteleiras e várias empresas.
A Electricidade e Águas da Guiné-Bissau, empresa responsável fornecimento de luz eléctrica e água canalizada, não funciona desde sexta-feira devido à falta de gasóleo para alimentar os geradores. Em consequência, não há água na rede pública da capital, nem luz eléctrica.
A Agência Lusa percorreu os vários postos de abastecimento de combustível da capital guineense e estavam todos encerrados, sendo impossível atestar o depósito dos veículos e comprar gasóleo para os geradores.
A capital guineense funciona a gasóleo e a falta daquele combustível pode levar ao encerramento de estabelecimentos comerciais e unidades hoteleiras e impedir o funcionamento de várias empresas. A falta de gasóleo pode ainda afectar o funcionamento das telecomunicações do país.”
(…)
http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=21172&catogory=Guiné%20Bissau
quinta-feira, 12 de junho de 2008
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2 comentários:
Nada como ir ao "cinema", para ajudar a esquecer os males da terra...
Quais males?! As carências? Vou ver o que está em cartaz.
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