quarta-feira, 29 de abril de 2009

Cidade Velha

Como escrevi antes, no dia 20 de Abril teve lugar na Praia, Cabo Verde, a Mesa Redonda - Reestruturação e Modernização do Sector de Defesa e Segurança na Guiné-Bissau. A Missão participou. Os comentários foram feitos noutro fórum.

Não há voos directos de Bissau para Praia, o que significa ser necessário passar por Dakar. Os condicionalismos logísticos implicam que uma viagem até Cabo Verde partindo de Bissau seja feita em diversas etapas. Chega-se ao destino mas demora um pouco mais. No entanto nem tudo são desvantagens. Aproveita-se a ilha com mais vagar.


A antiga vila da Ribeira Grande de Santiago, mais conhecida por Cidade Velha é a sede do concelho do mesmo nome. Se alguém quiser saber onde para um dos nossos autocarros que aparecia pelo Largo da Luz basta passar pela Junta de Freguesia. No século XVI, a vila foi proclamada capital da Nação Cabo-Verdiana. Devido à sua localização geográfica encontrava-se muito vulnerável por via marítima e sofreu por isso inúmeros ataques de piratas. É uma das mais antigas cidades fundadas pelos Europeus na África Subsaariana. Contrasta com a falta de definição da Praia, onde a construção desordenada de prédios duvidosos e mal imaginados, destroem por completo a beleza da baía. Na cidade velha, a traça antiga está lá. A cidade é minúscula mas em recuperação. Tudo começa a ter outro brilho. As casas são típicas e enquadradas. A história está em reconstrução com apoios da cooperação internacional. Almoço junto ao mar. Vale a pena visitar.


Obrigado ainda à Underwater pelo mergulho e aos anfitriões pelas atenções.

1 comentário:

Correia disse...

____querida Guiné-Bissau______
Imagino que à passagem do tempo
somos uma estância em metamorfose,
percorremos o limite da utopia
a cada batimento da terra
e, só o silêncio nos é revelado.
Basta ler os lugares dos sonhos
e, de quem os habita.
Mas, na orla infinita do tempo incerto
da passagem da nossa existência humana
há ainda versos por ler
no enleio do fio dos dias.
Nada que agrida me é semelhante.
Nada que floresça me é indiferente.
Atravesso desertos
e, nos desencontros
descubro sinais visíveis, mil reflexos
de sustos e refúgios.
Inocularia na humanidade
alimento indispensável
para as almas da terra de ninguém,
onde a bondade ainda brilha.
Oiço, apenas, a memória que madruga
no envelhecimento da paz.
______Abraço-Vos tanto_Cristina Correia.