segunda-feira, 5 de julho de 2010

Linha brasileira

Designação de um golpista para Chefe do Estado-Maior gera críticas.

“Nós queremos ajudar, mas para que o Brasil possa ajudar é preciso que os guineenses resolvam os seus problemas internos", disse o Presidente Lula da Silva na ilha do Sal, Cabo Verde, depois de uma Cimeira com os membros da CEDEAO.

"Saibam os dirigentes guineenses que quanto mais divergências tiverem, quanto mais brigas internas tiverem, mais dificuldades terão em receber apoio, sobretudo dos países mais desenvolvidos", prosseguiu Lula da Silva, na linha do que têm vindo a dizer os Estados Unidos e a União Europeia.

Aqueles dirigentes precisam “adquirir maturidade”, sublinhou o Presidente brasileiro, que se recusou ir a Bissau, depois do chefe do levantamento militar de 1 de Abril, General António Indjai, ter sido nomeado recentemente Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.

A CEDEAO, de que fazem parte, entre outros, Cabo Verde, o Senegal e a Nigéria, pediu ao Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, que reconsidere a sua decisão de nomear Indjai, uma vez que isso parece uma caução “aos actos de impunidade e indisciplina no seio da hierarquia” militar.

Perante as críticas que lhe foram formuladas no Sal pelos seus pares, o Presidente da Guiné-Bissau limitou-se a comentar que “uma coisa é querer, outra coisa é poder”. Ou seja, que as estruturas políticas daquele país não têm poder suficiente para se opor às decisões tomadas pelas estruturas militares (...)"

http://www.publico.pt/Mundo/lula-promete-ajudar-guinebissau-quando-o-pais-resolver-os-seus-problemas_1445249

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