O mundo das máscaras africanas é essencialmente dominado pelo fenómeno religioso, característica marcante dos povos africanos e exprime os usos e costumes das suas tribos. O material mais utilizado na sua produção é a madeira.
A confecção de uma máscara passa por inúmeros rituais que vão desde a escolha de quem a vai esculpir até ao ritual de purificação que o escultor terá de respeitar com rezas ou evocações aos espíritos ancestrais e às forças divinas. Este trabalho é realizado normalmente no mato ou floresta, longe dos olhares dos restantes membros da tribo. Alguns povos acreditam que a força divina se transfere para a máscara durante o processo de fabrico. Aqueles com crenças intimamente ligadas ao animismo entendem que a alma das árvores se transfere para as máscaras conferindo ao seu portador poderes especiais.
As máscaras são geralmente esculpidas para serem usadas em cerimónias da vida social ou religiosa, como cura de doentes, rituais fúnebres, cerimónias de iniciação, casamentos e nascimentos. Aquelas consideradas sagradas e mais valiosas são cuidadosamente guardadas até nova ocasião para serem utilizadas.
Por serem também uma forma de cada tribo ou comunidade se afirmar perante as outras, as máscaras funcionam também como elemento de afirmação étnica. Ao exporem as características particulares de cada grupo as máscaras apresentam uma enorme diversidade de formas, modelos, técnicas de confecção e aplicação.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
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